...

...

domingo, 30 de maio de 2010

Intercambistas da AIESEC Franca dão entrevista para a revista Enfoque

No dia 05 de maio, nossos intercambistas Mandy, Leila e Dennis deram uma entrevista para a Revista Enfoque da cidade de Franca sobre as suas experiências de intercâmbio no Brasil. Confira aqui a reportagem na íntegra:


O CONHECIMENTO FORA DE CASA
Cidade concentra pelo menos cem estrangeiros que procuram por aprendizado e crescimento pessoal

China, Holanda, Eslováquia, Egito, Bélgica, Peru, Argentina, Bolívia, Índia, Estados Unidos, Canadá, África do Sul. A trabalho, lazer ou estudo, seja para vivenciar uma cultura diferente, conhecer um novo idioma ou adquirir capacitação profissional, cada dia mais estrangeiros chegam a Franca em busca de intercâmbio.

São pelo menos cem pessoas nestas condições em Franca. Monique Tavares, gerente de comunicação interna da AIESEC Franca, uma das entidades responsáveis por trazer estrangeiros para a cidade, acredita que a cidade trata bem os que vem de fora e, por isso, deve continuar a recebê-los nos próximos anos. “A experiência de deixar a casa, família, amigos, namorada ou namorado e o país de origem não é ensinada nas universidades. Para aprendê-la é preciso coragem, e é nessa hora 1ue o desconhecido gera um misto de medo e apreensão”, comenta.

A chinesa Mandy Liu é uma dessas pessoas. Ela está em Franca há oito meses e, para chegar até a cidade, enfrentou 30 horas de viagem. Com um idioma totalmente diferente e sem entender muito bem o português, comunicar-se no Brasil foi outro desafio. “Quando cheguei a Franca, não sabia quase nada de português. Tive que aprender e praticar mais, pois o idioma é a chave para conhecer profundamente outra cultura e é necessário para a sobrevivência. Estudo por conta e tento falar, ler e escrever o português”, explica Mandy.

Ela ainda ressalta que não foi fácil decidir deixar seu país, mas que, com uma meta traçada e a oportunidade ideal, não pensou duas vezes. Atualmente, ela faz parte da equipe de marketing da empresa Carmen Steffens e ainda não fixou data para voltar à China, pois tudo dependerá do seu desempenho profissional.

Estrangeiros em Franca

Nascido na Bélgica, Dennis Moons, 24, engenheiro comercial, também viajou por 30 horas para chegar à cidade. Há seis meses em Franca e trabalhando no departamento de marketing de uma empresa de software, ele contou que, assim que concluiu a graduação não pensou duas vezes para passar alguns meses de sua vida em outro país. “Tinha que aproveitar o momento. No futuro, quando eu começasse a trabalhar no meu país, seria muito difícil ter uma experiência de trabalhar no exterior”, conta.

Já a argentina Leila Fonzo, 22, viajou por doze horas. Há três meses na cidade e por possuir licenciatura na área de Comercialização, ela dá orientações aos estudantes do curso de Relações Internacionais da Unesp Franca, mas, em junho, retornará a Buenos Aires. “A experiência em Franca está sendo muito enriquecedora, mas tenho projetos em andamento que me forçam a voltar”, explica.

Saudades de casa

Passar meses longe de casa, dos costumes e morar, via de regra, em casas sem grandes luxos e dividindo o espaço com estudantes não é uma tarefa fácil. “É preciso muito preparo e determinação”, afirma Monique. Para ela, no entanto, os francanos ajudam a diminuir o problema ao receberem bem os visitantes. Além disso, ainda de acordo com Monique, os intercambistas contam com uma ferramenta fundamental e indispensável: a internet.

As redes sociais de relacionamento , como Orkut ou Twitter e os programas que permitem o bate-papo simultâneo, como o MSN ou Skype, são as grande coqueluche. Mandy conta que faz videoconferência uma vez por semana para falar com os familiares na China. Com seus amigos, ela usa outros recursos virtuais como o MSN, Skype, Facebook e o “renren”, que, segundo ela, é uma rede social virtual parecida com o Orkut, só que com funções mais práticas e úteis.

Outra forma de matar a saudade da família e amigos é o envio de e-mails. Recurso muito usado por Dennis, no mínimo uma vez por semana. “O que dificulta muito o contato é o fuso horário entre o Brasil e a Bélgica, então prefiro mandar as mensagens por e-mails endereçadas aos meus avôs, pais e irmãos”, diz.

Já com a data marcada para o retorno, Leila também fez uso da internet para falar com a família e o namorado. Ela garante que a experiência de viver em outro país foi proveitosa e a ensinou muito. “É uma mistura de sentimentos. Por um lado, tive que aprender a conviver com o desapego aos entes queridos, aos costumes próprios, a tudo. Mas, é uma experiência muito enriquecedora de todos os pontos de vista”, avalia.

Seja para receber os estrangeiros ou mesmo no caso de quem quer sair do Brasil para fazer intercâmbio fora, deixar o país de origem é animador não apenas pelo fato de conhecer outras culturas e aprimorar o idioma. Para muitos, é a realização de um sonho, a concretização de um objetivo de vida. Vale a pena, portanto, analisar bem as opções para aproveitar, ao máximo, a experiência.

Um comentário:

  1. À guisa de complementação da entrevista, nossa OSCIP Instituto IDESUFRAN já recebeu dois intercambista: Especialista em Computação: Cye, Holanda, em janeiro a março de 2009, a Comunicadora Social, Raisa, de Lima,Peru, de janeiro a março de 2010. Agora dia 9 de agosto deu inicio a seu estágio, Lady Solangie Gomez, da Administrção de Empresas Internacionais, de Bogotá, Colômbia, que ficará conosco numa troca sócio-cultural e de trabalho em administração de empresa, até dezembro. Nossa empresa se sente apoiadora da AIESEC, mas acima de tudo, apoiada pela AIESEC, numa troca não somente de intercambista, mas sobretudo de aprendizado logistisco estrutural de troca e de espaço, o que muito nos torna facilitadores e também propulsores de que Franca receba cada vez mais esses maravilhosos jovens do mundo!
    Profa. Dra. Angela M. Pimenta
    Secretária executiva e Coordenadora do Dep. de Projetos, Eventos e Cursos da IDESUFRAN - Instituto de Desenvolvimento Sustentável de Franca e da Bacia do Sapucaí Mirim/Grande.

    ResponderExcluir